...
Murmurei-te muito...muito
que um dia tu terias as saudades desfeitas
que o teu silencio dorido...não seria mais teu
que voltarias a ler nas estrelas
os sonhos que o vento te roubara...
murmurei-te muito...
que quando caía a noite... ela trazia o azul de viagens perdidas
que em rostos desconhecidos ...
desertos de sorrisos...encontrarias o teu horizonte
na magia de um voo...
e nos meus loucos murmúrios
nos meus últimos murmúrios...abro a janela e deixo-te partir no colo do coração que sempre te murmurei haver...
e partiste...só
para a lonjura que te prometia nos meus murmúrios...
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À Lua
quero-te deste lado
de mim...para mim...
não te vejo...reinvento a tua passagem por mim
a tua luz
como se fosses o rosto que busco
na imensidão de praia deserta
no murmurar lento da franja branca das ondas
não te vejo...no meu olhar
adivinho-te num enfeite brilhante
prateado...esvoaçando em sedas
que embelezam a tua pele
e recordo-te...
junto deste mar que me traz a saudade
do teu rosto ...
dos estonteantes momentos que prometes
quando surges
no teu esplendor desse manto negro salpicado de safiras
és assim...
meiga
apaixonada
mansa e atrevida...numa languidez sublime
como a loucura dos desejos
que despertas nos que te esperam numa ansiedade silenciosa que está para além do sonho...